Estrelas de rock têm esperança de vida mais curta

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Terça-feira, 4 de Setembro de 2007

Estrelas de rock têm esperança de vida mais curta

E podem arrastar os fãs consigo.

Os músicos encaram estatísticas negativas no que toca à longevidade das suas vidas e carreiras. Segundo um estudo publicado hoje no Journal of Epidemology and Community Health, os músicos têm uma esperança média de vida bastante inferior à das pessoas que optaram por outra via profissional.

O estudo foi realizado com base numa amostra constituída por músicos norte-americanos e europeus que estiveram no activo entre 1956 e 1999. Num total de 1050 pessoas, resultou uma média preocupante: a idade média com que os músicos dos Estados Unidos se deparam com a morte é de 42 anos; valor que desce ainda mais, para os 35 anos, no caso dos músicos europeus.

As principais causas apontadas para a disparidade face à esperança média de vida global destes países do Ocidente residem no uso e abuso de drogas e álcool, muito frequente no meio social que os músicos habitam.

O risco é maior quando os músicos são mais jovens. O estudo revela ainda que, 25 anos depois de se tornarem famosos, os músicos europeus passam a estar equiparados ao resto da população em termos de esperança média de vida. Os músicos norte-americanos, no entanto, continuam a ficar abaixo dos valores médios.

Os autores do estudo, os professores Mark Bellis e John Ashton, resolveram deixar alguns conselhos preventivos: “as preocupações sobre a saúde pública devem abranger uma forma de prevenir que os ícones da música promovam um comportamento destrutivo da saúde entre os seus fãs e seguidores”.

A preocupação dos professores reside não apenas na morte antecipada que os comportamentos de risco podem trazer aos músicos, mas também e sobretudo nos efeitos multiplicadores que essas atitudes podem assumir, quando emuladas pelos fãs.

Bellis e Ashton consideram que os músicos deveriam “promover activamente mensagens positivas sobre a saúde”, e acrescentam que “estas necessitam de ser apoiadas por uma atitude exemplar”.

E concluem: “enquanto o comportamento das estrelas pop permanecer tipificado no risco e no recurso a substâncias, é pouco provável que os jovens vão achar credíveis as mensagens promovidas em torno de uma opção de vida saudável”.

CM, hoje às 11:31

tags: actualidade, drogas, interesse, lazer, música.musica, noticias, power, vida

publicado por . às 15:34

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